é hoje, gnomada! é hoje a bicicletada de 10 anos!
tá em são paulo? brasília? salvador? porto alegre? curitiba? florianópolis? então, é hoje, pegue sua bike, vá pros pontos de encontro, participe!
tem bicicletada em mais de 400 cidades pelo mundo, maluco! quer saber a lista? procure aqui.
não sabe o que fazer lá? pois logo abaixo eu colo as dicas do juvenar. juvenar é um ciclista paulistano, que mora lá pros lados do morro do querosene, adora dormir em rede e é meu sócio na criação de sacis albinos (que só dá em pé de serra). o juvenar lista o que é legal fazer e o que não é legal. é regra, norma? não.
na bicicletada somos livres, mas isso não quer dizer que sejamos babacas. essa é a pegada: ocupar, conviver, conversar, ser feliz, e chamar mais gente pra festa. as dicas abaixo surgiram de anos de experiência, e funcionam. simples assim. normalmente quando a gente escapa delas costuma se dar mal.
e precisa ir “fantasiado de ciclista”? não, não precisa. o CTB não obriga o uso do capacete, portanto use se quiser. não sou eu que vai lhe obrigar. nem ninguém.
pode ir de roupa “normal”? pode, claro, desde que ela permita vc pedalar. calça saruel não é lá muito prática pra pedalar. mas meninas pedalam de saia numa boa!
pode ir fantasiado de qualquer coisa? pode, e vale à pena. não sabe o que fazer com sua fantasia de pirata do carnaval passado? agora é hora de usar, bota a roupa de pirata, escreve “kassab” no peito e você está pronto pra bicicletada paulistana!
o pedal é pesado? não, não é. é levinho. não é treino pra ninguém. é festa.
então compareça, e traga seu sorriso, sua cordialidade, sua alegria, sua felicidade! não esqueça de conversar com um monte de gente. não esperem as pessoas falarem com você, comece você a conversa!
não esqueça: praça do ciclista, a partir de 18 horas (se quiser chegar mais cedo, chegue e fique por lá), e o pedal sai lá pelas 20 horas. então pode chegar 18:30hs, 19hs, 19:30hs…..
venha ser feliz! nada mais subversivo do que a felicidade!
e olhe as dicas do juvenar:
–Insultar verbalmente e ou agredir pedestres, motoristas, passageiros
de coletivos e pessoas nos bares, mesmo se eles provocarem
–Provocar as mulheres na rua. Tanto elas como as mulheres da
bicicletada podem se sentir ofendidas
–Andar com a bicicleta nas calçadas
–Correr na frente para bloquear o tráfego antes da massa chegar
–Andar na contra-mão
–Esquecer de sorrir, acenar e falar com outras pessoas
–Imaginar que você é moralmente superior só porque está pedalando uma bicicleta
–Abster-se de dizer aos companheiros o que você acha do seu
comportamento, seja bom ou ruim. Converse com os outros!
–Interromper desnecessariamente acessos que não serão utilizados pelo passeio
–Usar pistas que não são necessárias. Se houver múltiplas faixas,
vamos liberar algumas para os veículos mais rápidos
–Esquecer que todos somos responsáveis por fazer a massa crítica que
nós queremos.
O que é legal fazer durante a Bicicletada:
>>Fantasiar-se para chamar a atenção e alegrar o movimento
>>Distribuir panfletos aos pedestres e motoristas explicando porque estamos ali. (imprima o seu: http://bit.ly/lBGwnF )
>>Conversar com o ciclista do lado, fazer amigos e se divertir
>>Cuidar da segurança de todos
>>Abordar amigavelmente aqueles que estão desrespeitando os pedestres e motoristas
>>Distribuir flores e conversar com outras pessoas, passageiros de ônibus e motoristas
>>Convidar as pessoas a se juntarem a nós na próxima vez
>>Ajudar veículos presos atrás da massa a sair para a direita
>>Diminuir a marcha regularmente se você estiver na frente (não importa o quão devagar você acha que está pedalando, lacunas estarão se abrindo atrás de você)
>>Parar no semáforo vermelho quando estiver na frente para permitir que o resto da massa se junte a você
>>Continuar pedalando no semáforo vermelho se a massa já estiver atravessando o cruzamento, pois ficar juntos é mais seguro e previsto por lei
>>Preencher lacunas; massa crítica depende da densidade de bicicleta em relação ao automóvel
>>Lembrar-se que o prazer e o convívio são mais subversivos do que a raiva e provocação.
E não me venham reclamar na segunda feira pois a Bicicletada não tem SAC, acontece e termina na Paulista, se quiser torna-la melhor tem que agir durante a coincidência.
as bicicletas 
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Bicicletada é bom demais! O Juvenar tem opinião formada sobre o uso do capacete?
precisa perguntar pra ele sobre capacete. eu uso, mas uso por hábito, não por segurança, pq sei que não me protege de coisa nenhuma. tem tanto aquele imenso estudo da sociedade britânica de ortopedia que depois de 8 anos de obrigatoriedade por lei por lá concluiu que não mudou porcaria nenhuma nos “acidentes”, quanto o fato das amigas márcia prado e juliana dias terem seus capacetes estraçalhados pelos ônibus. o juvenar, que é apelido de outra pessoa que não eu, deve concluir, até onde sei, que se não é obrigatório por lei não precisa colocar aí.
Perguntei porque muitos grupos de ciclistas aqui em Brasília só faltam ter um filho se aparece alguém sem capacete, mesmo para pedalar no asfalto. Em trilhas até entendo (e uso), mas para vir ao trabalho não uso. O pessoal da chilique.
é que Brasília, pra começo de conversa, não é cidade, é des- (no sentido em que uma maçã é uma des-cadeira, diria e.e.cummings).
Como esperar que uma des-cidade que se orgulha de não tere esquinas (o núcleo duro da cidade hausmanniana) entenda patavina de como uma cidade funciona?!
essa posição daí é típíca de quem entende muito de bicicleta, mas nada de cidades – e portanto quase nada de como bicicleta funciona na cidade. Ficam preocupados com “proteção”, enquanto pra usar bicicleta (e andar a pé) na cidade muito mais importante é haver uma riquesa de comércio local acessível (pra encontrar gente, comprar pão, consertar algo e beber se preciso for).
Brasília nasce pra ser o golpe de morte no urbanismo do 2º Império. Claro, saiu derrotada.