rota márcia prado! eu fui! e foi um dilúvio de gente!

a rota márcia prado é esse caminho aqui. é basicamente o caminho que a ciclista márcia prado fez em dezembro de 2008 para comemorar seu aniversário. em 14 de janeiro de 2009 ela foi assassinada morta brutalmente por um motorista de ônibus, na avenida paulista. mais informações aqui.

márcia prado na estrada de manutenão. foto de bicicletanarua.wordpress.com

márcia prado na estrada de manutenão. foto de bicicletanarua.wordpress.com

márcia usava a bicicleta regularmente, como transporte. assim como eu. assim como grande parte dos participantes das bicicletadas de são paulo. assim como toda a turma das duas associações de ciclistas aqui de são paulo, o instituto ciclo-BR e a associação ciclocidade.

esse é um caminho que privilegia as franjas da mancha urbana de são paulo. explora rincões pitorescos da zona sul de são paulo. é um dos caminhos da descida da serra.

dá pra descer a serra por ali, usando a estrada de manutenção da imigrantes. dá pra descer pela própria rodovia  imigrantes. dá pra descer pela rodovia anchieta. dá pra descer pela minha preferida, a rodovia caminho do mar, a estrada velha de santos. são as quatro possibilidades físicas, embora impossibilidades legais.

na estrada velha de santos, em 30 de dezembro de 2000, cai da bicicleta e tive uma fratura exposta da mão direita. e tive que descer levado pelos meus amigos, na bicicleta do thierry r. r. roldan, até o hospital em cubatão, onde passei o reveillon.  esse acidente teve uma certa repercussão na então única lista de discussão sobre bicicletas do brasil, a bikeonelist, e desde então preferiu-se descer pela estrada de manutenção, que acho mais perigosa que estrada velha de santos. desci de speed uma única vez a estrada de manutenção. achei complicado. e a estrada velha de santos, mesmo depois do acidente, desci mais 2 vezes de speed, sem problemas.

mas é fato que nenhum dos caminhos possíveis para se ir de bicicleta de são paulo a santos está plenamente legalizado. de qualquer forma o ciclista sempre encontra uma restrição aqui e ali.

uma rota é um caminho. os caminhos estão lá. uma rota não é um evento. evento é um certo trajetar de uma rota num certo momento. um dia, por exemplo.

o instituto ciclo-BR, ao qual márcia prado era ligada, tem promovido há 4 anos descidas marcadas da rota da márcia prado.  este ano, na quarta edição, coincidiu com o meu aniversário, 9 de dezembro. e claaaaaaro que eu fui pra rota pra comemorar meu aniversário. uma grande parte dos meus amigos estaria lá. e não foi diferente!

e como todo mundo que trabalhou na rota esse ano eu conhecia, pois ou era do ciclo-BR ou da oficina mão na roda, da ciclocidade (ou ambos) ou bike-anjo, pela quantidade de gente que eu cumprimentei, que me abraçou, que me beijou, eu sei quanta gente trabalhou nesse evento.

mas também teve gente pra kct! inscreveram-se via site quase 8 mil pessoas. na tenda do início da estrada de manutenção, a contagem foi até 10 mil pessoas e parou, por falta de papel. durante mais 4 horas após isso ficaram passando pessoas. uma estimativa conservadora de 12 mil ciclistas descendo a serra é plenamente plausível, e conservadora.

tinha gente do interior do estado de são paulo e tinha gente de outros estados. tinha grupos organizados (obviamente com algum custo) fazendo o trajeto.

a chamada pra descida foi feita pelo ciclo-BR mas pode ser feita em todo o ano. o interessante é que ano passado foram cerca de 3 mil ciclistas, e já se achou uma quantidade imensa. pensava-se que no máximo iria dobrar a quantidade de pessoas que compareceriam, mas nunca que iria no mínimo quadruplicar ou quintuplicar.

e claro, uma grande parte dos participantes não apenas descendo pela primeira vez, mas fazendo um pedalzinho maior pela primeira vez. para novatos, a rota é dura. para quem não pedala todo dia no trânsito, ela é mal sinalizada e perigosa. pra quem tá na mesma pegada da márcia prado, de pedal todo dia, “ciclista hoje e sempre” (“CHES”, como alguns marcam seus nomes no facebook), a rota é diversão.

foram cerca de 25 voluntários do ciclo-BR. uns 15 voluntários da mão na roda. um outro tanto de bike-anjos. e vários outros não oficialmente voluntários, como eu (que fui pra comemorar aniversário, e não pra ficar sendo mal-tratado por outras pessoas) que não aguentam ver alguém em dificuldade e começam a ajudar. ajudei um rapaz que tava com um pneu furado, sem câmara de reserva, sem nenhuma ferramenta. detalhe, o pneu estava tão seco e rachado que o que furou foi um arame da banda de rodagem, da carcaça do pneu. consertamos ali, eu e a poline lys. o felipe fernandes perdeu a conta de quantas bicicletas ele arrumou. mas pode contar nos dedos quantos disseram “obrigado” depois.

samir souza alinhando uma roda no meio da rota márcia prado.

samir souza alinhando uma roda no meio da rota márcia prado. foto do labeda.

e aí a nota importante.

uma quantidade imensa de pessoas foi pra rota naquele dia com mentalidade consumerista. como não saiu como queriam, tão reclamando de tudo e colocando a culpa na organização.

– balsas: houve fila. claro que houve! com essa quantidade de gente e uma balsa grande quebrada, houve fila sim. na segunda balsa a fila era menor. mas quem gerencia as balsas não é o ciclo-BR. e mais pra frente vou fazer o relato de como o voluntário guilherme evitou uma pequena tragédia.

– placas: a obrigatoriedade de sinalizar a rota no município de são paulo é da prefeitura. a rota está legalizada no planalto. mas todo ano os voluntários enchem de placas dois dias antes, ou um dia antes da descida grande. e parte delas é arrancada pelos locais, até como lembrança. isso sem falar que não dá pra colocar uma placa em cada esquina. e colocar placas de sinalização na via, acrescentando sinalização não-oficial à sinalização existente é algo ilegal.  mas placas são desnecessárias pois o trajeto está no bikely. basta estudar o trajeto e levar o mapa.

– segurança: quem cuida de roubos e furtos? polícia… houve policiamento. claro que houve. até em trechos que muita gente diz que não houve, como no trecho de terra entre a segunda balsa e a imigrantes. tá aí a foto pra comprovar:

fotopoliciarota

foto de peterson pel.

mas houve roubos, mais de um. uma moça teve sua bicicleta roubada a 3 kms da rodoviária, quando estava sozinha. ou seja, dentro do trecho urbano. roubos de bikes acontecem em trechos urbanos no mundo inteiro. roubos perto de rodoviárias também… mesmo assim a polícia conseguiu recuperar uma bicicleta roubada.

– condições da estrada. o interessante foi ler um participante que caiu na estrada de manutenção, reclamando que a rota não poderia ter sido feita de pneu slick, que se freiasse com força o pneu travaria. isso mesmo, ele estava reclamando que ninguém informou que pneus slick travam se você freiar como freia com pneus largos de cravo.  e da´pi, claro, em alta velocidade freio de repente e ploft!, foi pro chão. detalhe, os pneus impróprios seriam os clássicos kenda kwest 1,5 pol, de 65 libras de pressão máxima. eu desci com os kenda kwest de 1,25 pol. não caí….

– subidas. realmente, o ciclo-BR errou de não aplainar as subidas do trajeto antes… é… tem gente reclamando que tinha subidas…

as reclamações derivam da mentalidade consumerista. alguns falam em cobrar pra ter um serviço melhor. outros, que o ciclo-BR deveria “contratar” mais voluntários….

mas… peraí! é só um trajeto! é só um passeio! que estrutura é essa que as pessoas querem?

acho que é a estrutura das ciclo-faixas dominicais, todas delimitadas por cones, e com mecânicos que fazem consertos simples nas bicicletas dos pedalantes ciclofaxísticos que está condicionando mal os novos ciclistas. e pra quem pára pra ver o trabalho dos mecânicos, vê a falta de educação das pessoas. o mecânico que está ali para consertar um problema simples (remendar um furo de pneu, levantar um selim), recebe bicicletas mal montadas que pedem remontagens. rodas desalinhadas para serem alinhadas ali, debaixo de sol… e raramente recebem um agradecimento!

fila na passarela. foto da anna.

fila na passarela. foto da anna.

eu me pergunto como é que alguém se mete a pedalar num trajeto entre são paulo e santos sem levar uma câmara de reserva, um par de espátulas e uma bomba de ar, além de uma garrafa de água (e conhecimento pra usar isso). isso é o mínimo! mas não! muita gente com bicicletas sem manutenção quebram e ficam ali paradas, de braços cruzados, esperando uma boa alma passar ali e ajudar.

é de esperar que a expansão do uso da bicicleta trará mentes que não estão afinadas com o uso da bicicleta. um novato não saber algumas coisas é esperado, pois ninguém nasce sabendo.  um novato pensar que não tem que saber determinadas coisas é que não é esperado.

sim, fazer o trajeto da rota márcia prado é fazer programa de índio. sim, é. eu adoro, muita gente adora. outros não. quem quer comodidade deve fazer spinning. tem ventinho do ventilador, tem banheiro na academia, e não vai caír da bicicleta ergométrica.

mas o risco faz parte do pedalar nosso de cada dia. sair da bolha do shopping center e da academia, também.

é esse sair da bolha que trafegar de bicicleta essa rota permite. é esse sair da bolha que é necessário. é o sentir-se livre e responsável por si próprio, sem culpabilizar outros pelos seus próprios infortúnios.

o interessante é a resposta de alguns sobre as reclamações: “tá ruim? ok, peça a devolução do dinheiro pago…” – claro que é uma ironia, pois ninguém pagou nada pra fazer essa rota. trafegar uma rota aberta é livre. agora, se algum grupinho cobrou  e impôs o uso de algum uniforme, a questão é outra. isso não tem nenhuma relação com o ciclo-BR…

mas vamos ao meu relatinho. perdi a hora, acordei com a mensagem da luciana spedine no celular, dizendo que tava levando bolo pra mim. logo vi a foto do enzo bertolini mostrando a fila na passarela de acesso à ciclovia da marginal pinheiros. saí de casa, aqui na divisa de são paulo com mairiporã, às 8:10 da manhã. não peguei fila na entrada da passarela. na ciclovia marginal pinheiros pedalei forte de modo que ninguém me passou: nem speedeiros, nem trem… às 9:50 da manhã eu estava ali no final da ciclovia.

ali havia uma oficina móvel da mão na roda, fazendo um zilhão de consertos. ali encontrei vários amigos, cantaram parabéns, recebi um monte de abraços… foi uma festa. ser bem recebido pelos amigos é muito bom! sempre!

abraço da maíra. quanto não vale esse abraço?

abraço da maíra. quanto não vale esse abraço? foto do william cruz.

mas ali já as primeiras conversas com o guilherme para me atualizar sobre a questão jurídica. grande parte de quem pedalou a rota não imagina que a polícia militar rodoviária tentou cobrar uma conta de 95 mil reais pelo evento

a descida foi antecedida por uma negociação tensa entre a polícia, a ecovias, o ciclo-BR e até mesmo a defensoria pública interviu. a secretaria da segurança pública tinha plena ciência do evento. marque esse dado para entender o absurdo que relatarei logo adiante.

segui dali do final da ciclovia pelo grajaú até chegar ao bororé. fui tocando, não me perdi, orientei alguns que iam pegar  caminho errado, vi muita gente empurrando em qualquer ladeirinha… mas faz parte.

cheguei à imensa fila da primeira balsa. gigantesca!

ali já deu pra ver a tensão de alguns bocós. poline e eu, ela bem sinalizada como voluntária organizadora, fomos hostilizados por sair da fila. logo em seguida, o felipe fernandes, com a camiseta da mão na roda, carregando ferramentas, também foi hostilizado. mas mesmo assim, ali os 3, ficamos parados numa calçada fazendo alguns consertos mais simples. como do rapaz que chegou com o pneu dianteiro da bicicleta arriado dizendo: “acho que furou.. e aí?”

pergunto o que ele tinha trazido (bomba, câmara…) e ele disse que andava em são paulo e quando tinha problemas ia a uma bicicletaria… claro, não tinha bicicletaria na lateral da fila da balsa… olho o pneu. solto o freio e ele pergunta o que estou fazendo. solto a roda. o pneu todo ressecado e rachado, destoando tanto do preço da bicicleta quanto das vestimentas do rapaz.

desmontei a roda toda, o furo fora causado por um araminho que estava se soltando da banda de rodagem do pneu, felipe o retirou ali, com certa dificuldade. o rapaz segui, após aprender como se enche um pneu de ar…  se furou mais adiante de novo, não sei. não sei se chegou até o final com aquele pneu dianteiro naquele estado…

o povo comendo na fila da balsa... foto da anna

o povo comendo na fila da balsa… foto da anna

mas isso não foi o stress daquele ponto. o stress foi o aparecimento súbito da polícia militar, do batalhão de área, com coletes e escopetas, e ordem de “dispersar”.

isso mesmo, apareceram com ordem de soltar gás lacrimogênio, sentar o cacete na turma… tudo pois o batalhão de área não tinha sido informado pelo comando do evento, e não via que aquilo era uma fila de pessoas que iriam usar a balsa, e não um protesto que tivesse por intenção parar a balsa.

aí a negociação de mais de uma hora do guilherme com o tenente da PM, que só repetia que iria dispersar a fila de ciclistas, para que essa ação desastrosa não acontecesse. já imaginaram jogar lacrimogênio e encher os ciclistas de porrada? só por que havia uma fila, um congestionamento? pergunta-se: por qual motivo não dispersam da mesma forma congestionamentos de carros na avenida paulista, ou a fila de carros que se forma na balsa do guarujá?

subidinha de terra, depois da segunda balsa.

subidinha de terra, depois da segunda balsa.

pouca gente sabe que uma pequena tragédia não ocorreu graças à ação calma e persistente do guilherme, que passara os dois últimos meses fazendo a negociação com os órgãos públicos.

resolvido esse problema e evitada uma burrice da polícia militar, embarcamos na última balsa exclusiva de ciclistas.

o segundo trajeto fiz rápido, mas havia fila na segunda balsa. essa ia mais rápido, mas também foi. e logo adiante o trecho de barro….

somando-se o tempo de espera nas balsas, deve ter dado algo em torno de 5 horas.

tocamos no trecho de terra. tava bom, nem seco demais de modo que subisse um pó desgraçado, nem molhado pra ter aquela lama escorregadia. felipe furou o pneu, trocamos a câmara, seguimos adiante até a imigrantes. o trecho é de bastante sobe e desce, muito cascalho, mas nada que tornasse impossível trafegar com pneus slick 1,25 pol, sem suspensão.

não foi o fim do mundo, logo cheguei a imigrantes e toquei. o interessante que pegamos o trevo da interligação e tivemos que entrar no parque pela entrada da via de subida, pois havia sido invertido o fluxo da pista de descida. mas entramos no parque por essa outra entrada e logo chegamos à tenda do ciclo-BR. a silvia foi a primeira  me abraçar, cantaram parabéns, e o bruns em ritmo de ópera… é muito bom encontrar os amigos. muito bom mesmo!

início da estrada de manutenção, eu de verde, atrás, luciana spedine. foto da anna

início da estrada de manutenção, eu de verde, atrás, luciana spedine. foto da anna

lucivânio, um dos voluntários, regulou meus freios que estavam em petição de miséria àquela hora. que beleza ficaram meus freios!

ali conversei com os voluntários. ali tb reforcei algumas das dicas para novatos: limo nos cantos a se evitar, descidas exigindo frenagem sem soltar a bike, trafegar pelo centro da via sem correr demais para não ir pras bordas nas curvas…

silvia balan passando por debaixo da rodovia  dos imigrantes. foto da anna.

silvia balan passando por debaixo da rodovia dos imigrantes. foto da anna.

erros que muitos cometeram e claro, foram ao chão!

no final da estrada de manutenção, onde havia um posto dos voluntários, um ciclista veio tão rápido que derrubou uma mesa com garrafas de água e mandando uma voluntária para receber tratamento hospitalar…

descer a manutenção com mais calma e observar a paisagem é uma delícia. prazer que muitos ignoram. as vistas são lindas, o local é lindo! há subidas íngremes – numa delas, só a luciana spedine subiu pedalando até o fim, ao contrário do mar de marmanjos empurrando suas bicicletas…

chegando a santos, foto da anna.

chegando a santos, foto da anna.

após a manutenção, o trecho a ser feito por cubatão e santos, até a rodoviária. fizemos à noite esse trecho, em grupo. houve assaltos na região. mas meu pequeno grupo não tinha bicicletas chamativas. nenhuma com freios a disco, por exemplo.

a ladroagem tem preferência: suspensões e freio a disco.  nossas bicicletas esquistas, com caixotes no bagageiro, p. ex.,  etc, nem atenção chama…

chegamos à rodoviária às 21 horas. eu estava cansado mas não exausto. e feliz. consegui passagens para 22:15 hs, subi sentado junto da anna, e com ela vim no metrô até o tucuruvi, onde cada um seguiu seu caminho para casa. um dia cheio.

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foram 25 voluntários do ciclo-BR.

vários bike-anjos.

vários voluntários da mão na roda.

mas ínfimos diante do mar de ciclistas, o dobro dos inscritos desse ano, o quádruplo dos que apareceram ano passado.

milhares de pessoas que, pelo jeito, fizeram o primeiro passeiro longo, e não estão acostumados a pedalar sem toda uma estrutura de suporte impossível de fornecer, ainda mais gratuitamente.

centenas de pessoas reclamando de tudo.

dezenas de amigos que encontrei.

e um aniversariante feliz, eu, que me diverti adoidado.

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se vou ano que vem? particularmente, acho que o ciclo-BR deveria parar de marcar descidas. quem quiser que vá sozinho, e aprenda a se virar. 5 minutos de pesquisa no google permitem o acesso a um zilhão de informações. e da forma como voluntários são tratados, e as cobranças posterior descabidas, o hercúleo trabalho anterior, o desgaste das negociações com o poder público, e o puro desrespeito, isso é desestimulante. uma pena que esses brasileiros recalmões  sejam tão mesquinhos e egoístas. uma pena mesmo.

e quem sabe o poder público perceba a imensa demanda e regularize duma vez essa descida. pois a omissão do poder público é flagrante.

34 Respostas para “rota márcia prado! eu fui! e foi um dilúvio de gente!

  1. putz, fico até arrepiada pô, eu posto o vídeo e vc o texto ao mesmo tempo?
    doidera….

  2. Achei ontem esse blog e adorei a forma que tu tem de escrever.
    Li muita, muuuuuuita gente reclamando (eu mesmo precisei viajar e não desci), mas nem tinha ideia desse absurdo do caboclo ficar ali achando que alguém tem obrigação de ajudar.
    Acho que em uma ads fotos vi um ‘Voluntário’ escrito, não ‘mecânico’.
    A gente promove uso da bicicleta pra essa galera aí usar?? lascou. vamo manter o ipi reduzido então.
    Revoltante esse braziu.
    Concordo que comece cada um a se virar.
    no mais, Feliz aniversário xD

  3. lucidez, clareza, informação, entretenimento, esclarecimento. tudo isso aí no seu post, Odir.

    meu pneu traseiro furou no Grajaú, bem em frente uma feira livre. Enquanto esperava a Silvia Ballan chegar com os outros amigos, dois ciclistas já se aproximaram perguntando, antes mesmo de descer da bicicleta, se eu tinha camera pra troca. Eles trocaram meu pneu a 4 mãos num piscar de olhos. Foram super gentis e estavam tão entusiasmados com o passeio que nem soubemos o nome um do outro. um passeio como este é um exercício de paciência e de camaradagem.

    tb tive momentos de inquietação, mas a ficha cai logo depois: a gente tava ali pra se divertir.

    eu tinha certeza que o dia ia ser divertido. foi mais do que eu esperava. to lisonjeada com a menção. só por isso você merece outro bolo de nozes, castanhas, uva passa, ameixa e mel.

  4. adorei ter podido te abraçar no meio da manutençao!!
    adorei seu txt – so pra variar! rs
    ano q vem eh nois di novu! rsrsrsrs

    bjinhus

  5. Feliz aniversário Odir… mesmo não te conhecendo pessoalmente, tenho um grande respeito por sua pessoa. Sucesso e muitas pedaladas!

  6. Parabéns para todos !

  7. Mais uma vez eu desci, na minha opinião a melhor de todas.
    Infelizmente a demora da balsa, tbm + de 10K de ciclistas, na proxima RMP 2013, seria melhor informar a concessionaria das balsas, assim será mais organizada e eficiente. ajudei algumas pessoas tbm, informei muita gente que colocasse a bike na macha mais leve nas subidas, e não subisse as ladeiras em pé, pois assim vc gasta muita energia desnecessariamente. usar a bike inteligentemente em pro de vc, e não o contrario!
    Poderia tbm marcar a rota num sabado e num outro mês, pois Dezembro sempre chove! Mas de qualquer jeito eu vou! a meses eu não pedalava assim, nada que uma pomada nos joelhos não resolvesse!
    Parabéns pelo post e tbm seu niver atrasado!

    • pbrigado, mathias. faz-se essa rota em dezembro por conta do aniversário da márcia. ou em janeiro, em razão do aniversário de sua morte. aos sábados muita gente estuda e trabalha. mas já foi feita em sábados sim. o problema é conseguir a liberação dos trens para a bicicleta, e tb do metrô, no sábado de manha.; aos domingos a bike está liberada, oq ue facilita em muito pra muita gente.

  8. Fui pela primeira vez e adorei, o pedal é maravilhoso, os ciclistas mais experientes são solidários e temos papos espontâneos de muito prazer.

    Aos novatos que não fazem pedal forte e longo espero que aprendam a adotar uma postura preventiva. Minha bike é simples mas bem cuidada e com a devida manutenção. Pobreza e relaxo são coisas diferentes.

    Minha corrente quebrou e um camarada de Indaiatuba segurou minha bike enquanto fazia a emenda, uma atitude simples, útil e muito gentil.

    Vi alguns ciclistas caindo no trecho de serra, todos foram imprudentes. Também desci com pneus lisos e não tive problemas.

    Aos que resmungões… meu desprezo.
    Aos organizadores e voluntários.. minha admiração e respeito.

    Feliz aniversário!

  9. Tive o prazer de ir na Rota este ano, e junto com a galera do Pedal Noturno de Santos(do qual sou um dos coordenadores) levamos para SP uns 80 e poucos malucos, todos mais ou menos “iniciados”. Sob alguma influência do Guilherme, o Pedal Noturno, liderado pelo Rafael Rizzato, tem conseguido se fazer ouvir em algumas reivindicações aqui na cidade de Santos, e tem buscado no Ciclo Br as informações para fazer mais e melhor. Neste ano conseguimos auxiliar um pouco, com o Rafael distribuindo os ofícios nas instituições, fazendo sinalização do caminho e contato com as empresas de ônibus para o retorno. Eu terminei o dia querendo fazer de novo, o Rafa, querendo fazer mais.
    Quero deixar um salve pro Guilherme: Durante a situação da balsa, “orbitamos” ao seu redor; e pudemos ver e ouvir, a qualidade de um excelente negociador. Quando ele desceu com os PMs, e a massa abriu caminho sem maiores problemas, os soldados já se perguntavam a razão de estarem ali. As pessoas perguntavam: “aconteceu alguma coisa lá na frente?”. Ao nos aproximarmos do Gui, dava para perceber na fala pausada e baixa, que o diálogo existia, precário, mas rolava. Tinha 1 + 1, bastava. A Alexandra Domingues também se juntou, um pouco mais tarde.
    Estar certo não basta. Agir certo é a base da coisa. O tenente deve estar meio perdido até agora… Foi por isso que eu não parei, Guilherme. Você é o cara.
    Um parenteses: Nós estávamos quase no início da fila quando você e a voluntária passaram…Não sei se mais para frente, mas não hostilizamos… brincamos com tudo que era possível. Até o vira-latas foi chamado de furão! A hora da holla de dentro da balsa até o alto da fila foi algo inacreditável!! E nós nunca comemos tanta tranqueira(gostosinhas) em tão pouco tempo…
    Abraço, e parabéns atrasado!

  10. Odinn, certeiro como sempre. É uma honra pegar a estrada com você.

  11. Assino embaixo!!!
    Agradeço à Deus, à Marcia Prado por esse presente, por pessoas como vocês e meu amigo Guilherme por me mostrar o melhor lado do pedal, o lado amigo!!!
    Bora pedalar em Santos?
    É só chegar!!!

    Williams – Pedal Noturno

  12. Ae Odir

    Parabéns pelo texto e pelo aniversário.

    De um leitor fiel do blog, só queria registrar que a minha impressão na descida foi de que a grande maioria, absoluta, tava curtindo demais o rolê. Mesmo na fila monstra da balsa, o clima tava muuuito tranquilo.

    O pessoal chato sempre vai existir e aparecer bastante, principalmente nos fbs da vida. Acho que vale mais celebrar o sucesso do passeio do que falar de qualquer percalço ou frescura. Até porque a gente sabe que, em termos de bike, tem certas coisas que a gente só aprende caindo, com pressão baixa, ou em alguma roubada monstro sem aquela ferramenta que tava faltando.

    Deixa o pessoal reclamar, e aprender.

    • obrigado, diogo! de fato, normalmente só estou lendo reclamação de quem pedala uma vez por semana só, e quase sempre nos trajetinhos planos da das ciclo-faixas paulistanas. mas não é um trajeto pesado. o maurício alcântara fez o trajeto carregando a tralha que vai levar numa viagem, cerca de 30 kg de carga, numa boa. alforjes na frente, alforjes atrás. o rafa rodo fez de barra-forte. e um outro rapaz foi de fixa. não é um trajeto pesado. só pra quem está fora de forma ou ainda usa o selim baixo.

  13. Para ser sincero , tenho uma opinião um pouco diferente do “passeio” do ultimo domingo.
    Me parece obvio que cobrar algo do CicloBR é um tremendo absurdo , pois os caras fizeram o que estava ao alcance deles.
    Eu particularmente não esperava nenhum tipo de “apoio” , fui sozinho e totalmente auto-suficiente em tudo (alimentação e equipos).
    Mas tres coisas me incomodaram bastante :
    1) no site da cicloBR dava muito a entender que seria um passeio leve , e que praticamente qq um que sabe andar de bike poderia participar , dai muitos aventureiros de primeira viagem embarcaram com essa ideia , e dai esse monte de reclamações. Ja ando de bike a bastante tempo e tenho razoavel experiencia e posso afirmar que descer a estrada de manutenção da imigrantes com chuva em uma bike meia boca e sem experiencia é quase uma insanidade.Dai acho que a cicloBR deveria ter alertado de forma mais incisiva os participantes. Acho que muitos marinheiros de primeira viagem pensariam duas vezes antes de ir se soubessem das reais condições do “passeio”.
    2)na travessia da 1º balsa achei um verdadeiro show de horror o que aconteceu , pensei seriamente de fazer meia volta de ir pra casa(acho que deveria te-lo feito) , pois não havia a menor organização ….os ciclistas tomaram conta da via publica e impediram o acesso total dos outros meios de transporte. Afinal a balsa é de uso publico e não apenas dos ciclistas , eu fiquei por duas horas esperando p/ atravessar e havia uma fila interminal atras de mim . Imagino uma pessoa que estava de automovel e tb queria atravessar e poder aproveitar o seu laser de domingo , nós ciclistas de forma egoista impedimos isso , acho que por isso a policia foi acionada , pois se eu de bike demorei 2 horas de carro iria demorar 10 horas …onde esta o exercicio de cidadania ai ?!!?
    3)antes do “passeio” não li nenhuma referencia quanto a assaltos , eu não tive nenhum problema , mas não custava nada alertar os participantes que devem redobrar a atenção ao se cruzar o trecho de Cubatão.

    Para mim o saldo foi possitivo , pois sempre quis descer a serra do mar de bike , e apesar de tudo o clima era de cordialidade entre os participantes.
    E tenho certeza que nas proximas oportunidades muito pode e vai ser melhorado.

    • é é um trajeto leve. trajeto pesado é, por exemplo, boituva-bauru-boituva, que já fiz 3 vezes, todas abaixo de 27 horas de pedal. ou os 200kms do audax de campos do jordão. o trajeto de sp a santos tem alguma subidas, mas tem apenas 100 kms. qualquer um que pedale pelo menos 3 vezes por semana, totalizando uns 150 ou 200 kms somando esses 3 pedais (esses passeios de bicicletaria fazem isso), faz esse trajeto com o pé nas costas. quem pedala todo dia, mesmo distâncias menores, também. mas quem pedala uma vez por semana vai achar pesado, por falta de condicionamento físico. um rapaz, o rafael rodolfo, fez o trajeto com uma barra-forte, com freio contra-pedal. outro rapaz fez com uma bike fixa. então…

  14. Odir, me indica um bom garfo de cromo e onde posso encontrar por favor.

    Obrigado!!!

  15. Odir, desculpe está usando esse espaço pra ter perguntar, mas um garfo dessa prox é bacana?
    http://kfbmx.com.br/det_produto.php?pn=garfo-dirt-prox-com-pino-para-freio&pro=1169

    Mais uma vez obrigado!

    • não conheço a geometria desse garfo. mas olhe o detalhe do encaixe para o exio, parece ser para eicos bem maiores que os que nós usamos. caçe um garfo usado no mecado livre, de vez em quando aparece.

  16. Foi um passei muito legal, mas faltou organização, pois presaria comunicar os responsaveis pelas balsas para que os mesmo se organizassem, pois tenho certeza que no proximo ano terremos menos participantes devido a falta organização e de informação, dentro de São Paulo pelas ruas nenhuma sinalização da rota muitos se perderam e foram parar em locais perigosos.
    A falta de organização da balsa prejudicou todos como: moradores do local, comerciantes, carros e onibus que transitariam pelo local e os mais prejudiados foram nós ciclistas que perdemos 4 horas de pedal e deixamos de aproveitar a natureza da serra.

    • tiago, tem certeza que faltou comunicação? como vc afirma que faltou comunicação se o ciclo-BR oficiou todos os órgãos e havia inclusive uma representante da ARTESP lá? a balsa n~]ao estava desorganizada. estava congestionada.

  17. Que bonito, CHES.. gostei. Ciclista Hoje E Sempre..

    Lembra o chamamento dos pampas.. ‘Che, pasame el mate’
    Na língua Mapuche, ‘che’ é pessoa, ser humano.
    Somos CHES

  18. Boa tarde
    Não nos conhecemos pessoalmente mas mesmo assim parabéns atrasado
    Afinal se somos todos filhos de DEUS e ciclistas você com certeza é meu irmão
    Vou me apresentar
    Meu nome é Raul Farah Jr, tenho 48 anos e a aproximadamente 1 ano e meio comecei a pedalar regularmente.
    Como a muitooooooooo tempo atrás, na época do serviço militar obrigatório eu cursei o CPOR (Centro de Preparação de Oficiais da Reserva do Exército ) me tornei um tenente de infantaria e servi por 2 anos na Polícia do Exército
    Até eu participar da 4º rota Marcia Prado não acreditava em manifestações pacíficas
    Eu iria fazer a rota com a minha esposa e usaria este evento para continuar meu treino para no ano que vem, em 14 dias, fazer o caminho de Santiago de Compostela, saindo da França de bicicleta.
    Infelizmente minha esposa não foi e acabei indo sozinho
    Ela nunca vai saber realmente o que ela perdeu
    Durante um dia inteiro respirei, suei e enchi meus olhos e ouvidos de bicicletas e ciclistas.
    Eram jovens, velhos, gordos, magros, cabeludos, carecas, homens e mulheres de todas as camadas sociais pedalando e empurrando bikes.
    Alguns super equipados e outros com algumas coisas que achavam que era uma bicicleta; e os levaria, só por descidas, até Santos.
    Alias fica o meu registro para instalarem esteiras rolantes nas subidas no próximo ano.
    Vamos ao passeio ou rota.
    Enchi-me de esperança, preparei minha poderosa bike de 21 marchas trocando os pneus lisos por Kenda de Kevlar, comprei um bagageiro e uma mochila para bike da ARARAUNA (excelente por sinal) e coloquei peso para ver como seria a Bicigrinação
    Para registro, eu tenho 1,8m peso 81,0 kg e com me pesei na farmácia com a BIKE e mochila e estávamos em exatos 107,9 Kg
    Saí de casa tarde no domingo, às 9h30 estava entrando no metro Alto Ipiranga e de lá fiz todas as baldeações até chegar na estação de trem Grajaú às 11h
    Realmente esperava encontrar plaquinhas rota Marcia Prado em cada esquina (hehehe)
    Assim como espero encontrar as famosas setinhas amarelas e cada 100 metros pelos 850 km do caminho de Santiago (alguém deve ter pensado nisso antes de mim e colocado 8500 setas só para mim)
    O ser humano é assim, imagina uma coisa e se ela não sair da maneira que ele idealizou começa a reclamar.
    Reclama porque choveu, reclama porque não choveu, reclama, reclama, reclama …
    Como não havia plaquinha nenhuma, nem na saída do metrô usei as máximas:
    A) Quem tem boca vai a Roma e só quero ir Santos
    B) A união faz a força
    Juntei-me com 4 ciclista que desceram do trem comigo e começamos a perguntar
    Extremamente fácil, um de nós perguntava e todas as pessoas antes de responder riam e diziam: já passou um mar de gente e eles foram por ali , vocês vão por ali até a balsa….
    A maioria além de rir ainda emendava:… mas dá para chegar em Santos de bicicleta até amanhã …
    Acho que esta visão do pessoal que veio na onda como vocês dizem é importante, a maioria assim como eu ficou mal acostumada andando na Ciclo Faixa aos Domingos com cones, faixa pintada de vermelho e orientadores a cada esquina
    É como a antiga música dizia : Ê, ô ô, vida de gado, povo marcado, ê, povo feliz …
    Eu ouvi muitos reclamando e na hora eu também achei que estava desorganizado e reclamei, reclamei, reclamei
    Com o decorrer do dia, os músculos foram aquecendo a cabeça esvaziando dos problemas e eu entrei no espirito do passeio
    Alias durante a rota passei a conhecer um pouquinho da Marcia Prado (pessoa e alma)
    Acho que melhor que rezar várias missas pela Marcia (alma), que também não conheci é o que vocês estão fazendo
    Mostrando para as pessoas os caminhos que ela fazia
    Admito também que cheguei a conclusão que a Marcia Prado (pessoa) não deveria ter parafusos na cabeça e nem na bike (hehehe)
    Ela descobriu e fez este caminho à 5 anos atrás, quando poucos andavam de bike, GPS era caro e não vinha no celular e não existia ciclovia e ciclofaixa …
    Isso sim foi uma tremenda façanha
    Quanto as suas demais colocações acho que devo dizer o seguinte
    Eu estava receoso com o desfecho que podia acontecer entre ciclistas que muito chamam de BIKECHATOS, ECOCHATOS, ATIVISTAS, MOLEQUES BADERNEIROS … e as instituições e organizações
    Por isso vou poder opnar sobre o evento e as ocorrências que eu presenciei com as seguintes instituições e empresas
    A) Polícia Militar do Estado de São Paulo
    B) Balsa
    C) Breda Transportes
    D) Metrô de São Paulo

    Primeiro vamos a afamada Polícia Militar do Estado de São Paulo

    Seu relato mostra o Guilherme do Instituto Cliclo-BR ( que não conheço mas desde já admiro, agradeço e parabenizo) e um tenente da Polícia Militar se digladiando na fila da primeira balsa
    Como eu não passei pela 1º balsa não participei deste burburinho
    Afinal eu cortei caminho (pedalando uns 10Km a mais ) e indo direto para a segunda balsa pois falaram que a balsa estava quebrada etc…
    Não quero dizer quem estava certo ou errado e sim mostrar que todo disco (de vinil) tinha o lado A e o lado B
    Sei como a polícia pensa e age e o porque ela pensa e age desta maneira (afinal fui Polícia do Exército e o lema é : Uma vez PE sempre PE)
    Seria maçante dizer que todo policial tem de sair de casa como nós, todos os dias para trabalhar mas existe uma razoável chance de não voltar nunca mais para casa
    Falar isso para quem não respeita a polícia ou não entende não irá adiantar e a resposta será : eles escolheram esta profissão e blablabla
    Aliás, que fique registrado quem já pensou que policial só aparece na vida de alguém de bem quando está acontecendo uma “desgraceira”; é filho brigando com pai, é mulher apanhando do marido, são pessoas exaltadas se batendo e se matando por besteiras, são pessoas que foram assaltadas, …
    Ninguém chama o(a) policial para comer um bolinho e comemorar o aniversario de 1 ano do filho
    Mas voltando ao passeio o Guilherme conseguiu demonstrar e o tenente da polícia, que não sabemos o nome, consegui perceber e sentir, que eram pessoas de bem que estavam lá para se divertir.
    Observe que mesmo quando as pessoas de bem querem se divertir as aglomerações causam transtornos
    Falando da fila da 2º balsa, foram horas em pé, no mesmo lugar, com o capacete na cabeça e segurando a Bike, sem banheiro.
    E o que foi mais incrível não teve confusão, briga, troca de ofensas, xingamento etc (pelo menos na segunda balsa)
    Todo mundo esperou a vez de subir na balsa
    Deve ter acontecido de uns estressados furarem a fila ( isso acontecia na 2º balsa) e as pessoas começava a rir e gritar volta, volta, volta e o estressado não voltava mas parava com cara de UÉ
    Na 2º balsa também teve alguns estressados que decidiram contratar umas lanchas para levar as bikes
    Foi fantástico, por míseros R$10,00 toda a emoção de colocar a sua BIKE e mais 3 em uma poderosa lança de alumínio e chegar na frente dos POBRES MORTAIS ( que estavam economizando R$10,00) e não tinham o verdadeiro espirito da aventura nas veias
    Confesso que gostaria de ter visto uma lanchinha virar, mas ia acabar estragando o passeio apesar de aumentar a emoção.
    Voltando, o Guilherme e o tenente que não sabemos o nome, ambos se entenderam, afinal não se reúnem mais de 1000 (mil) pessoas por mais de 2 h sem arrumar confusão
    Como você relata mais de 8000 ( contados) passaram pela entrada do parque e isso significa que atravessaram a(s) balsa(s)
    Isso faz parte do contexto e lembre-se das torcidas de futebol, dos shows de música etc

    Fica registrado o meu agradecimento tanto ao Guilherme como para todos os voluntários e agradeço ainda a Polícia Militar e todos os policiais que trabalharam no “evento”, aos integrantes deste batalhão, a outras unidades que colocaram várias motos percorrendo os trechos e viaturas pelo caminho, a polícia rodoviária na Imigrantes balizando e dando segurança
    Eu vejo assim; para nós era Diversão para eles era um domingo, longe de casa e na chuva porque um “BANDO de doidos, decidiu ir de bike até Santos”
    Aliás, o policial rodoviário que estava na Rodovia Imigrantes falava que tinha chovido bastante e que se fosse ele não iria descer a estrada da manutenção porque estava todo mundo caindo e se ralando por lá”
    Ainda bem que eu não era ele e fui
    Não vou me estender mais
    Depois vou postar as reações com as demais instituições
    No geral acho que o passeio foi ótimo
    Pretendo contar a reação no metrô que não queria deixar ir mais de 02 (duas) bikes por composição e não por carro (ridículo),
    A Breda de Cubatão que vendeu 45 passagens e só cabiam 22 bike em cada ônibus
    Talvez você não saiba mas “deu polícia”, acabou com muitas risadas e no final a Breda acabou chamando uns 5 carros extras e saindo cada carro com 22 ciclistas sem termos de pagar nada a mais ( é a lei e acredito ser este o 2º objeto do Instituto Ciclo-BR conscientização td todas as partes)
    Não tenho blog e assim deixo abaixo o meu e-mail
    raul.farah@ig.com.br
    Gostaria de aproveitar e travar um contato maior com você e seus amigos para receber algumas orientações e discutir algumas posições sobre minha “futura” Ciclo Viagem (bicigrinação em maio de 2013) pelo caminho de Santiago de Compostela (850 Km)
    Abraços
    Raul

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